Quando da pesquisa realizada para saber que outros pontos de interesse haveria na zona ficámos impressionados com a mística e a quantidade de locais a visitar na própria cidade e arredores, mas foi localmente que nos apercebemos e maravilhámos.
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Polónia, situa-se na Europa Central |
Sobre Cracóvia
Cracóvia é uma das mais antigas cidades da Polónia, e foi mesmo a sua capital durante cerca de dois séculos até ao ano de 1596. É uma cidade encantadora e cheia de detalhes na sua arquitetura, e onde já podemos sentir o ambiente misterioso do Leste Europeu. Situa-se nas margens do Rio Vístula.
Basílica de Santa Maria, situada na Praça do Mercado |
Mapa do cento de Cracóvia, com a localização das principais atrações turísticas |
1. Melhor altura para visitar Cracóvia
A melhor altura do ano para visitar Cracóvia é habitualmente entre Maio e Setembro, uma vez que neste período as temperaturas são mais altas, podendo muitas vezes (no verão) ultrapassar os 30 graus.
Nesta altura do ano porém, os preços sobem e os alojamentos ficam praticamente todos esgotados.
As temperaturas no inverno podem chegar aos -20 mas, e apesar do frio a cidade fica linda pintada de branco.
Nós fomos em final de Outubro e princípio de Novembro, e encontrámos a cidade fria e chuvosa.
2. Como chegar a Cracóvia
Desde o verão 2017 que a Ryanair começou a ter voos diretos do Porto para Cracóvia o que nos deu imenso jeito.
3. Como ir do aeroporto ao centro de Cracóvia
Uma vez chegado ao Aeroporto Internacional de Cracovia-Balice, ou Aeroporto Internacional João Paulo II, existem diversas formas de se chegar ao centro da cidade:
De comboio - cerca de 9 PNL (PNL=Zloty, moeda local)
De táxi - cerca de 90 PNL
De autocarro - cerca de 9 PNL
Transfer privado
Inicialmente o nosso plano era apanhar o comboio e ir até ao centro de Cracóvia, mas logo que saímos do aeroporto e junto à sua porta de entrada principal avistámos um autocarro parado que indicava centro da cidade - GLOWNY. Não esperámos mais, entrámos e por 9 Zlots e 30 minutos de viagem chegamos à estação central de Cracóvia junto ao Shopping Center Galeria Krakowska.
Dali, e a uma caminhada de 10 minutos encontrámos a Praça do Mercado e o nosso alojamento.
Aeroporto de Cracóvia
4. Como se deslocar na cidade
Grande parte das atrações turísticas de Cracóvia situa-se na zona central o que nos possibilitou conhecer todas as zonas a pé, calmamente divagando por ruas e ruelas cheias de charme e encanto, cheias de prédios centenários e de muitos bares e restaurantes. Claro que para visitar Auschwitz ou as Minas de Sal que são algo afastados da cidade, há necessidade de providenciar transporte (há bons transportes públicos a servi-las)!
Apesar de pertencer à União Europeia na Polónia ainda não foi adotado o Euro, a moeda é o Zloty. Um euro corresponde aproximadamente a 4,20 zloty.
No centro histórico há uma grande oferta de máquinas multibanco, e de casas de câmbio onde podemos fazer a troca da moeda.
Os cartões VISA e Mastercard são bem aceites.
Em muitos estabelecimentos comerciais também é aceite o euro.
Nós optámos por levar dinheiro e trocar algum no aeroporto uma vez que logo ali iríamos precisar de Zlots para pagar o transporte até ao centro da cidade.
Foi o lugar onde pagámos mais por fazer o câmbio pois foi onde as taxas eram maiores tendo por 100 euros apenas recebido 340 Zlots.
O melhor lugar para trocar dinheiro é pela cidade em várias lojas chamadas Kantor, onde em algumas nem sequer cobram taxas e dão o valor a que a moeda realmente está, 1 euro a corresponder a 4,20 Zlots.
Troca de dinheiro no aeroporto |
Troca de dinheiro no centro da cidade (Casa Kantor) |
6. O que comer na Polónia?
Em geral os pratos na Polónia são a base de porco, frango e peixe. Os pratos de carne de vaca são poucos e caros.
Dos pratos típicos que comemos salientamos:
Pierogi - São bolinhos de massa, normalmente recheados com repolho ou cogumelo, carne, batata e/ou queijo temperado
Pierogi |
Golonka - guisado de joelho de porco
Golonka |
Oscypki - coalho doce de queijo com uma pitada de baunilha ou mirtilos ou outras frutas.
Outros pratos típicos da Polónia:
Bigos - Guisado de repolho e carne
Kotlet schabowy - Costeleta de porco, semelhante à costeleta de vitela vienense, porém mais grossa
kasza gryczna ze skwarkami - Trigo sarracento com costeletas fritas em manteiga e cebola
kaczka z jabłkami - pato assado com maçãs;
Sztuka mięsa - um prato de carne
Gulasz - Goulash
Pyzy - bolinhos de massa de batata servidos sem ou com recheio de carne moída ou ricota;
Naleśniki - Espécie de crepes com recheio parecido ao do pierogi, algumas vezes salgados, mas a maioria das vezes recheados com queijo de coalho doce e/ou frutas, e opcionalmente cobertos com creme de leite e açúcar.
Daquilo que decidimos fazer e ver nestes dias elaborámos um pequeno roteiro para melhor nos guiarmos e podermos aproveitar o tempo que estaríamos na Polónia.
Como o nosso alojamento se localizou no centro da cidade velha, pudemos logo que chegámos e depois de deixar a bagagem no alojamento, almoçar comodamente na Praça do Mercado.
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Mapa do centro de Cracóvia |
Cidade Velha de Cracóvia
A Cidade Velha de Cracóvia é o centro antigo da cidade e está repleto de belas construções de estilos gótico, barroco e renascentista e igrejas históricas, tendo sido declarado Património da Humanidade em 1978 pela UNESCO. É um dos pontos focais do Leste Europeu a maior atracão do sul da Polónia.
Praça do Mercado
A Praça do Mercado é uma grande praça, a maior praça medieval de toda a Europa, onde existem muitas barraquinhas de comida e artesanato típico. Muitas vezes acontecem por lá apresentações de danças tradicionais da Polónia.
Não tivemos essa sorte com as danças.
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Praça do Mercado de Cracóvia |
Basílica de Santa Maria
Basílica de Santa Maria |
A Basílica de Santa Maria, fundada no século XIII por burgueses da cidade de Cracóvia inicialmente não fascina quando a vimos do exterior, uma vez que a sua fachada em tijolos não é particularmente atraente, mas depois de entrarmos no seu interior ficamos deslumbrados.
São várias capelas e altares púlpitos e colunas encimadas por um teto estrelado.
O altar com 13 metros de altura e 11 metros de largura é o maior altar de madeira medieval da Europa.
A cada hora um toque de trompa acontece na torre mais alta e é abruptamente cortado em memória de um homem cuja garganta foi atravessada por uma flecha tártara, ao tentar avisar a cidade sobre a iminente invasão. Fasciante não!? :)
Igreja de St. Wojciech
De estilo românico, esta igreja é um dos mais antigos monumentos de Cracóvia. Segundo a lenda, foi construída no local onde St. Wojciech pregava os seus sermões.
Situa-se no centro da Praça do Mercado.
Torre da Câmara Municipal
A torre de tijolo é a única parte que resta da Câmara Municipal de Cracóvia construída entre os séculos XII e XIV, e demolida início do século XIX.
A torre tem 70 metros de altura e na sua cave há o Teatro Popular.
Pode-se subir à torre e ter uma vista geral sobre toda a cidade velha de Cracóvia.
O Barbacã é um bastião defensivo do século XV rodeado por um fosso e ligado ao Portão de São Floriano.
Tem sete torres de observação nas quais existem 130 buracos para atirar .
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Barbacâ |
Castelo de Wawel |
No castelo podemos ver a Caverna do Dragão, a lindíssimo Catedral, os aposentos do Rei, o pátio e a torre... infelizmente não se pode fotografar no interior mas a visita vale muito a pena.
Na Catedral estão enterrados 39 dos 45 reis que a Polónia já teve.
Catedral dentro do Castelo de Wawel |
A Caverna do Dragão está localizada na colina de Wawel, e depois de descermos um grande número de escadas desde o castelo até à margem do Rio Vístula, encontramos uma estátua do mítico animal.
Segundo reza a lenda, um humilde sapateiro cheio de astúcia, venceu um feroz dragão que ameaçava a cidade.
Entrada para a Caverna do Dragão |
Dentro da Caverna do Dragão |
Dragão do Castelo |
Bairro Judeu - Kazimierz
O Bairro Judeu era o local onde durante séculos os judeus viveram, segregados do resto da cidade. Ali construíram uma grande comunidade até à Segunda Guerra Mundial, que destruiu tudo e todos.
Antigamente um lugar negligenciado, hoje encontra-se cheio de bares, galerias de arte, lojas de decoração, lojas de presentes... É o bairro mais boémio de Cracóvia.
Aqui foram rodadas cenas do filme "A lista de Schindler".
Voltámos a este bairro ao final do dia para calmamente bebermos uma cerveja e vinho aquecido e assistir ao início da vibrante vida noturna de Cracóvia.
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Vinho aquecido |
A antiga Fábrica de Schindler é o local onde o empresário, antigamente associado aos nazis, arriscou a sua vida e a sua fortuna para salvar a vida a 1750 prisioneiros, que foram empregados nas suas fábricas como operários. A história foi contada no cinema no famoso filme A Lista de Schindler.
Fotografias de pessoas que trabalharam na fábrica de Schindler e que foram salvas da morte |
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Emalia Oskara Schidlera |
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O chão do museu |
Artigos fabricados na Fábrica de Schindler pelos presos de Auschwitz |
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Parte da Lista de Schindler (queimada) |
Cracóvia Macabra
Entre a Porta de São Floriano e o Barbacã ao final do dia acontece um Free walking tour chamado Cracóvia Macabra.
Nesta tour, um guia vai-nos levando pelas ruas e ruelas da cidade e vai contando lendas, histórias de serial killers que passaram por aquelas ruas durante séculos e séculos!
Ainda iniciámos esta peregrinação e acompanhamos o grupo durante algum tempo, mas decidimos interromper e deixar o grupo para ir jantar porque o dia tinha sido longo e a fome apertava.
Campo de Concentração de Auschwitz
A nossa visita a Auschwitz foi feita com um guia, uma vez que os campos são bastante extensos e achamos mais interessante que alguém nos fosse guiando e explicando toda a história do lugar.
Comprámos o tour com na Discover Cracow.
" O trabalho liberta", entrada em Auschwitz |
Inaugurado em Maio de 1940, fica imortalizado em filmes como A Lista de Schindler, A Vida é Bela (um dos melhores filmes de sempre...) e O Pianista.
Pode-se fazer esta visita por conta própria, uma vez que há comboio e autocarro até lá, mas nós optámos por fazer um tour guiado, até porque foi aquilo que nos levou até à Polónia.
Fizemos a visita com a agencia Discover Cracow.
Não se paga entrada em Auschwitz, paga-se pela visita guiada se optar por fazê-la.
Sobre Auschwitz pode saber mais aqui
Minas de sal de Wieliczka
Esta foi uma visita que não fizemos uma vez que não tivemos tempo mas que é muito interessante para quem a possa fazer.
Deixo algumas informações pesquisadas sobre as Minas de Sal
As Minas de sal de Wieliczka localizam-se a cerca de 15 km da cidade. Era destas minas que saíam o sal utilizado em todo o país durante séculos.
Hoje em dia no interior das minas pode-se observar dezenas de esculturas, pinturas e até uma igreja que demorou 30 anos a ser construída, grande parte destes trabalhos realizados pelos próprios mineiros.
Existem ainda 300 km de túneis que podem ser percorridos.
Excelente post, com informação bastante útil!
ResponderEliminarObrigada Zé Nuno, espero ajudar e motivar alguém a ir também ...
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