quinta-feira, 22 de junho de 2017

Até ás Islas Cies


Islas Cíes
 
 
 
 
As Islas Cíes são um arquipélago que se situa à entrada da ria de Vigo na Galiza, Espanha, composto pelas Isla del Faro, Isla de Monteagudo e Isla de San Martiño. São o maior tesouro da ria de Vigo e fazem parte do Parque Nacional Ilhas Atlânticas.
 
As Islas de Cíes são um lugar fantástico para passar um fim de semana junto a um ambiente natural (pode-se acampar no Parque de Campismo de que dispõe) ou para um passeio de um dia desde Vigo, Baiona ou Cangas.

Lá podemos fazer trekking em família pelos vários percursos assinalados ou usufruir das maravilhosas praias virgens e de águas cristalinas num ambiente natural.

São um excelente lugar para observação de fauna e flora únicas. Há também a possibilidade de fazer mergulho na ria de Vigo e com um pouco de sorte nadar rodeados de roazes, que são golfinhos autóctones de menor tamanho.



A Praia de Rodas, foi em 2007 considerada pelo The Guardian como sendo a "praia mais formosa do mundo".

Praia de Rodas
De Portugal, ou melhor de casa para lá chegar fizemos o seguinte percurso de carro. Pela A17 até Aveiro e daí em direção ao Porto. No Porto e seguindo pela Ponte do Freixo vamos em direção Braga, daí para Ponte de Lima, Valença, Tui e finalmente Vigo.

Em Vigo ficámos alojados junto à Marina de Vigo o que nos possibilitou conhecer toda aquela zona a pé, embora também facilmente e de transporte público nos deslocámos até outras zonas como a Praia de Samil.

Praia de Samil
Existem várias empresas que fazem o transporte de pessoas até ás Islas Cíes nós optámos pela Mar de Ons e reservámos os bilhetes online aqui, Mar de Ons.

 

Também existem outras empresas como a Piratas de Nabia, Cruceros Rias Baixas ou pode-se ir até lá de barcos privados.

Ao chegar ás Ilhas Cíes parece-nos à partida estarem envoltas em brumas misteriosas, mas o céu vai-se abrindo e o sol radiante vai surgindo para nos brindar até ao final do dia.


Aportamos logo na Praia de Rodas e que visão!





Praia de Rodas

 
A Praia de Rodas está inserida num ambiente natural ainda pouco "tocado" pelo homem e é de uma beleza ímpar. A areia branca e fina mistura-se com as águas azul-turquesa e verde-esmeralda de um mar translúcido e levam-nos a imaginar que estamos nas Caraíbas.
Certamente que as praias lá não serão mais bonitas que esta.

Praia de Rodas


Praia de Rodas e lagoa vistas do alto

Esta mistura leva-nos a entender porque lhes foi dado o nome de Ilhas dos Deuses que é como são apelidadas as Islas Cies.


Praia de Rodas
Da Praia de Rodas partem os trilhos da ilha que levam até outras praias, até ao restaurante e ao Parque de Campismo.






 



Parque de Campismo Islas Cies

Praia de Nossa Senora

Seguindo pelo trilho de  Ruta del faro de Cíes encontramos a Praia de Nossa Senora. Esta praia é uma pequena enseada bastante abrigada quando sopra vento e muito, muito bonita. Está rodeada por rochas e é nela que aportam os barcos particulares para passar um dia nesta nesta ilha.



 
 


 
 

Praia de Figueiras

Se da Praia de Rodas seguirmos para a direita pela Ruta del Faro de Peito ou pela Ruta del Alto do Príncipe vamos dar à Praia de Figueiras.
A Praia de Figueiras ou "de los alemones" são cerca de 350 metros de um areal branco e fino banhado por aguas esverdeadas e nos fazem ficar sem palavras perante tamanha beleza, dando a sensação de estarmos em ilhas tropicais, a mim deu-me a sensação de estar em São Tomé e Príncipe ainda que nunca lá tenha estado.
É uma praia onde se pratica o naturismo daí talvez o nome "de los alemones".

 


Alguns conselhos ao visitar as Cíes:




terça-feira, 13 de junho de 2017

Na Serra Encantada, de Regoufe até à Aldeia Mágica-DRAVE

A Serra da Freita é um lugar encantador... sempre o foi  desde a primeira vez que a conheci...


Faz parte integrante do Geoparque de Arouca, um lugar com muitos pontos de interesse geológico, com percursos pedestres, com aldeias tradicionais e com uma paisagem ímpar. De cortar a respiração!!



Os Passadiços do Paiva são a mais recente atração da região.

É uma das Montanhas Mágicas juntamente com as Serras de Montemuro, Serra da Arada e Serra da Gralheira. Está rodeada pelos concelhos de Arouca, Vale de Cambra e São Pedro do Sul. Nos lugares mais altos pode chegar aos 1000 metros de altitude.

 
É uma serra com vegetação escassa e muito rica em rochas, com espécies de fauna e flora raras, com a queda de água Frecha da Mizarela com mais de 60 metros de altura e com as famosas Pedras Parideiras.

A Frecha da Mizarela, alimentada pelo rio Caima que nasce na Serra da Freita, tem vindo a formar-se ao longo dos anos devido aos efeitos da erosão da água sobre o granito. É considerada a maior queda de água da Península Ibérica.

Existe um miradouro virado para aquele grandioso espetáculo da natureza rodeado por encostas íngremes.

 



Depois de uma descida muito inclinada e com muitas pedras soltas chegamos a um lugar mágico onde podemos contemplar esta maravilha e tomar um refrescante banho em dias mais quentes.

Banho na Frecha da Mizarela
As Pedras Parideiras são um fenómeno geológico raro, em que pedras brotam da rocha-mãe.

Tentando saber um pouco mais sobre as Pedras Parideiras

 
Pedras Parideiras
 

Temos  também o Miradouro de São Pedro Velho no ponto mais alto da serra, um lugar que nos permite ter uma visão total deste magnífico lugar.


E depois temos todo o ambiente rural que ainda existe nas aldeias serranas, e a paisagem, a cultura e a gastronomia. Há alguém que consiga por lá passar sem se deixar encantar ou com o desejo de regressar outra vez?

Regoufe

Regoufe

Regoufe

Regoufe
Desta vez fomos com o propósito de fazer o percurso a pé desde Regoufe até à Drave (que não tem acesso de carro) e de mostrar a beleza da serra ás nossas crianças (PR 14: Aldeia Mágica).


Aldeia de Regoufe

Como chegamos a Regoufe?

Fomos até Aveiro pela A17 onde seguimos depois na A25 na direção de Viseu até S. Pedro do Sul. Na rotunda com uma imagem de S. Pedro, seguimos na direção Castro Daire, Aldeia da Pena e S. Macário.
 
Deve-se ir sempre em frente e vamos começando a entrar na serra, passamos pelas localidades de Sul e Aldeia. À frente, já na serra quando encontramos o cruzamento que vai para S. Macário e Aldeia da Pena, seguimos na direção de Aldeia da Pena e passamos pelo Portal do Inferno, local de uma beleza fascinante aliada ao perigo que sentimos em atravessar aquela estrada entre precipícios.

Quando estamos já perto da descida para a Aldeia da Pena, encontramos um cruzamento e aí vamos no sentido de Covas do Monte, algum tempo depois podemos ver uma placa que diz Regoufe e Drave e é para aí que nos dirigimos até chegar a Regoufe.


 

 
Já em Regoufe, deixámos o carro estacionado na entrada da aldeia, e depois de a atravessar a pé encontramos o início do PR14, junto á ponte que atravessa a Ribeira de Regoufe.
 
 
O percurso começa como uma subida bastante acentuada e um caminho com pedras soltas, mas quando se chega ao cimo já se tem uma vista privilegiada sobre Regoufe e toda a serra.
 
 
 
 
 
A partir daí até à Drave caminhamos por um estradão de rocha sempre a descer.
 
 
 
 
Quando começamos a chegar mais perto da Drave vão surgindo algumas árvores, o que nos permite ter alguma sombra e descansar as crianças. 
 
 
 
 
Ao vislumbramos ao longe a Drave ficamos deslumbrados com a vista para esta Aldeia Mágica no fundo do vale junto à Ribeira de Palhais.
Na aldeia destacam-se as casas feitas de xisto que parece que nos convidam a visitá-las, e é o que fazemos...
 
Drave - Aldeia Mágica
 
 
A Drave é uma aldeia mágica protegida pelas montanhas, que neste momento se encontra desabitada e que se situa num vale entre as Serras da Freita, Serra de São Macário e Serra da Arada, no Concelho de Arouca e Distrito de Aveiro.

Drave










É uma aldeia muito isolada e não possuindo eletricidade, água canalizada, saneamento, gás, correio... logo sem traços de modernidades, mas com todo o encanto das aldeias de xisto.
As casas na Drave são feitas de pedra e os telhados de xisto. 
 


Drave





 
O Corpo Nacional de Escutas em 2003 abriu na Drave a Base Nacional da IV Secção para Caminheiros.

 
Numa das casas vemos os vestígios que os escuteiros vão deixando ao passar por lá, no teto há um considerável numero de t-shirt que vão identificando os Agrupamentos de escuteiros.




E com tudo isto a fome começa a apertar, descemos então até à zona ribeirinha onde por entre piscinas naturais com pequenas cascatas resolvemos almoçar... mas não sem antes tomar um belo de um refrescante banho. E é nesta zona mágica, possível de usufruir a quem esquecer a dificuldade de lá chegar e se aventurar que passamos uma bela tarde.








Ao final da tarde chega-se a hora de deixar a aldeia mágica e encantadora pelo mesmo caminho que nos levou até lá.
Penso que para todos nós o regresso a Regoufe pelo caminho da montanha teve maior dificuldade, talvez porque o que nos motivava no caminho de vinda tenha já ficado lá para trás, Drave.





No início do percurso temos quatro subidas que se revelam algo difíceis e depois uma descida final em que é necessário ter bastante cuidado com a irregularidade do piso e a quantidade de pedras soltas lá vislumbramos nós Regoufe ao fundo. Estávamos de regresso...



Daí foi dirigirmo-nos até S. Pedro do Sul e fazer o caminho até casa.


Conselhos para quem faz o PR14 até á Aldeia Mágica da Drave:

 

O trilho desde Regoufe até à Drave é em muitos locais com uma inclinação bastante acentuada e com muitas pedras soltas o que dificulta o avanço. Deve-se ir progredindo muito cautelosamente medindo cada local onde se colocam os pés. Mas quando uma menina de 6 anos o fez...
 
Usar calçado adequado para caminhar na montanha (o caminho apresenta muitas pedras e algumas soltas)

Usar proteção para  a cabeça, chapéu ou boné

Usar protetor solar

Levar muita água



21 de janeiro 2019


Fui de novo à Serra da Freita e à Drave, e tendo seguido as minhas próprias direções fui lá dar direitinho, digo isto porque no regresso resolvemos fazer o caminho por Arouca e além de mais complicado é bastante mais demorado.

A serra no inverno tem um "sabor particular".
Saímos de casa ainda de noite para que pudéssemos comtemplar o nascer do dia na serra e foi o que fizemos, vimo-lo nascer no alto de São Macário!





Depois disso dirigimos até Regoufe, local onde deixámos o nosso carro e onde iniciámos o percurso até à Drave!















O melhor de Florença em um dia

Florença é uma das mais bonitas cidades italianas. É o centro da arte do Renascimento e onde podemos ver o melhor da arte feita nos tem...